Autismo infantil
O que é o autismo?
O autismo é um transtorno do desenvolvimento neural, que é caracterizado pela interação social e comunicação prejudicada e pelo comportamento restrito e repetitivo.
Estes sinais começam antes dos três anos de idade, o autismo afeta o processamento das informações no cérebro, alterando a forma como as células nervosas e suas sinapses se conectam e organizam-se, como isso ocorre ainda não é bem compreendido. Os dois outros espectros de desordens do autismo (ASD) é a síndrome de Asperger, que apresenta atrasos no desenvolvimento cognitivo e da linguagem, e PDD-NOS (Pervasive Developmental Disorder - Not Otherwise Specified), em português significa transtorno invasivo do desenvolvimento - sem outra especificação (TID-SOE).
Manifesta-se apresentando a criança muito passiva, deslocada no seu meio, absorvido, insensível às pessoas e as coisas ao seu redor, mas pode se mostrar muito emotiva e chora constantemente sem nenhum motivo aparente. Não falam, têm problemas de alimentação, falta de sono, medo anormal de pessoas e lugares estranhos, não olha para as pessoas e não permitem que as toquem. Mostra resistência às mudanças do ambiente e rotinas habituais.
O autismo tem uma forte base genética, embora a genética do autismo seja complexa e não esteja claro se a principal causa são mutações raras ou combinações raras de variantes genéticas comuns. Em alguns casos, o autismo é fortemente associado com agentes que causam defeitos de nascimento. Existem controvérsias sobre outras possíveis causas ambientais, tais como metais pesados, pesticidas ou vacinas da infância. Atualmente (2008), 1 em cada 150 crianças foi diagnosticada com autismo nos Estados Unidos e o número é crescente, com cerca de quatro vezes mais em meninos. O número de pessoas diagnosticadas com autismo tem aumentado dramaticamente desde a década de 1980, parcialmente devido às mudanças na prática de diagnóstico, a questão porque tem aumentado ainda não pode ser explicada. Suas causas são desconhecidas, embora a maioria dos pesquisadores diga que são de origem biológica.
Como é o tratamento do autismo?
É recomendado que as crianças tenham sessões individuais de tratamento de ajuda psicológica e médica isso contribui para que a evolução seja positiva. Mas esta evolução é muito variável, dependendo da criança.
Há quatro características fundamentais que aparecem em todas as pessoas com autismo: o distúrbio ocorre em uma fase inicial. Têm dificuldades severas de comunicação e relacionamento. Sua linguagem tem alterações e deficiências. Executam ações rotineiras e resistem a mudanças no ambiente. A inteligência das pessoas autistas é variável, oscila de normal até a deficiência profunda com características especificas. Todas as crianças autistas são caracterizadas por um desenvolvimento desarmônico em diferentes áreas do funcionamento psicológico.
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As necessidades de crianças e adultos com autismo.
Apesar das graves dificuldades de comunicação e de comportamento com as pessoas autistas, existem recursos para ajudá-los e suas famílias. O primeiro desses recursos é a educação, a orientação aos pais, assistência psicológica para crianças com autismo e cuidados médicos e finalmente, a consciência social dos problemas das pessoas com autismo e suas famílias.
Comunicação
Cerca de um terço a metade dos indivíduos com autismo não desenvolvem a fala natural suficientemente para suprir suas necessidades diárias de comunicação. As diferenças na comunicação podem estar presentes desde o primeiro ano de vida, e podem incluir retardos na fala (balbucio), gestos incomuns, diminuição da resposta e os padrões vocais não são sincronizados com a fala.
No segundo e terceiro anos, as crianças autistas têm balbucios menos freqüentes e menos diversificados, consoantes, palavras e combinações de palavras, seus gestos são menos frequentemente integrada com as palavras.
As crianças autistas são menos propensas a fazerem pedidos ou compartilhar experiências, e são mais predispostas a simplesmente repetir as palavras dos outros (ecolalia). As deficiências em atenção parecem distinguir as crianças com ASD: por exemplo, eles podem olhar para uma mão apontando em vez do objeto apontado, eles sempre deixam de apontar para os objetos. As crianças autistas podem ter dificuldade com o jogo imaginativo e com o desenvolvimento de símbolos de linguagem.
Comportamento repetitivo
Indivíduos autistas mostram comportamento repetitivo ou limitado.
Estereotipia é o movimento repetitivo, tal como agitar as mãos, fazer sons, girar a cabeça ou balançar o corpo.
Comportamento compulsivo que parece seguir regras, como a organização de objetos em pilhas ou linhas.
Mesmice é a resistência à mudança, por exemplo, insistir que os móveis não sejam movidos ou recusar-se a ser interrompido.
Comportamento ritualístico envolve um padrão invariável de atividades diárias imutáveis. Esta questão está intimamente associada com a mesmice.
Comportamento restrito é limitado apenas em um foco, interesse ou atividade, tais como a preocupação com um único programa de televisão, brinquedo ou jogo.
A auto lesão inclui movimentos que podem ferir como cutucar o olho, a pele, morder a mão e bater a cabeça. Um estudo de 2007 relatou que a auto lesão causou danos em algum ponto afetado em cerca de 30% das crianças com ASD.
Tratamentos:
Poucos são os tratamentos atualmente existentes uma vez que os resultados são muito pequenos e morosos.
Os tratamentos passam por uma estimulação e apoio constante como forma de estimular e fazer com que a criança interaja com o ambiente, com as pessoas e com outras crianças.
Frequentemente usa-se a hipoterapia, a musicoterapia, a terapia da fala, a natação, o contato com animais, o apoio em casa e com especialistas e muitas outras abordagens, tais como: bioquímico (medicação, alimentação e suplementos vitamínicos), neurosensorial (integração sensorial (SI), estimulação e aplicação de padrões, integração auditiva (AIT), comunicação facilitada (FC), terapias relacionadas com a vida diária), psicodinâmico (terapia de abraços, psicoterapia e psicanálise), condutual (modificação da conduta).
Uma das terapias comportamentais mais populares é chamada de TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication Handicapped Children - Tratamento e Educação das Crianças Autistas e com Deficiência em Comunicação), desenvolvida na década de 70. Com esse método, os pais e profissionais (professores, terapeutas, etc.) trabalham juntos para melhorar as capacidades de adaptação das crianças por meio de terapia cognitivo-comportamental estruturada. O programa é individualizado para a criança e acontece em vários ambientes - desde clínicas até salas de aula. Outros programas educacionais incluem o Higashi School, que ensina comportamentos positivos através da educação física, artística e acadêmica, e o Bright Start, que ajuda a melhorar a comunicação, a atenção e as habilidades cognitivas das crianças.
Parte do CD ROM HORTICULTURA TERAPIA, prof. Marcelo Rigotti
www.curaplantas.com.br
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